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Capítulo 8 |
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8.2 Acessibilidade à documentação em formato digital
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Sumário A redacção e a manipulação da documentação impressa em papel também coloca problemas de Acessibilidade. Neste contexto, apresentam-se algumas soluções e recomendações de Acessibilidade para pessoas com deficiência motora, baixa visão e cegos. |
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A documentação em papel continua a ser uma componente inerente a um Posto de Trabalho, constituindo muitas vezes uma dificuldade para pessoas com problemas de visão e manipulação. Para estas pessoas, um simples recibo de vencimento pode ser um documento inacessível.
8.1.1 Acessibilidade para pessoas com deficiência motora O acto de segurar um livro e folhear uma página ao mesmo tempo pode ser impossível a muitas pessoas. Nessa situação estão: as pessoas com paralisia ou com falta de algum membro superior, quem não tem força devido a uma doença neuromuscular ou pessoas com dificuldades de coordenação e manipulação fina, entre outros. Por isso, sempre que possível, é desejável que um livro ou documento possua uma encadernação que permita abertura fácil sem necessitar de ser sustido para estar aberto ou folhear uma página. Para além disso, o papel não deve ser do tipo acetinado, para evitar o deslizamento de ponteiros ao passar as páginas.
Pessoas com tetraplegia, doenças neuromusculares ou paralisia
cerebral podem ter muita dificuldade em folhear um livro com Ajudas
Técnicas simples (por ex. ponteiro ou dedal com borracha),
necessitando de equipamentos electrónicos desenhados para este
propósito. O comando de um Folheador Electrónico
(passa-páginas) pode ser efectuado, no limite, com
a activação de um simples interruptor (switch)
sensível ao toque, a um movimento, ao som ou a um simples sopro.
8.1.2 Acessibilidade para pessoas com baixa visão
Telelupas (CCTV)
Tipo de Fonte e Estilo
Tamanho de Letra
Linhas de Texto
Espaçamento entre as letras
Contraste
Imagens e Fundos
Margens
8.1.3 Acessibilidade para pessoas cegas O acesso tradicional à documentação impressa por parte das pessoas cegas passa pela digitalização e pelo reconhecimento de caracteres efectuado por Software próprio para posterior impressão em braille, ou pelo uso de leitores de ecrã (programas informáticos que enviam a informação do computador para um sintetizador de fala ou para um terminal electrónico braille). Porém, actualmente já existem no mercado soluções integradas que dispensam a utilização de um computador.
Leitor de documentos
8.1.4 Digitalização da documentação impressa em papel
Para que o documento digitalizado possa ser convertido em voz ou em braille, este tem que passar por um programa de reconhecimento de caracteres (OCR). Os programas de OCR são muitas vezes fornecidos com o scanner mas nem todos são fáceis de utilizar por pessoas cegas. Contudo, existem no mercado das Ajudas Técnicas, OCRs vocacionados para utilizadores cegos, com elevados níveis de Acessibilidade e que podem constituir alternativas ao OCR que acompanha o scanner. Após o reconhecimento e eventual correcção dos textos digitalizados estes devem ser gravados em formatos adequados como o .rtf, .txt ou mesmo .html. Também é possível gravar os textos em áudio (por exemplo em formato .wav ou .mp3) com recurso a programas que gravam fala sintetizada a partir de texto.
8.1.5 Impressão em papel dos documentos digitalizados A documentação digitalizada pode voltar a ser impressa em papel num formato mais acessível do que o original. Para uma pessoa com baixa visão a solução pode passar simplesmente pela impressão em caracteres aumentados e para uma pessoa cega pela impressão em braille.
A Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro disponibiliza um serviço gratuito na Internet, o Marco Electrónico de Correio Braille, que permite a conversão em braille de pequenos textos e documentos. Para obter o texto nesse formato basta aceder a um formulário disponível no endereço: http://www.acessibilidade.net
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O facto de um documento estar em formato digital não significa
que este seja automaticamente acessível a pessoas com deficiência.
Existem diversas variáveis que influenciam a sua Acessibilidade
que vão desde o formato do documento, aos elementos que constituem
os conteúdos (com particular atenção às
imagens, aos gráficos, tabelas de dados, etc) e à própria
redacção dos textos.
Para a utilização de documentos falados com elevada qualidade (lido por pessoas) que permitam acesso aleatório a anotações é possível recorrer a formatos como o DAISY. O formato DAISY permite ter voz humana equivalente às cassetes áudio, mas com possibilidade de a sincronizar com o respectivo texto, dando ao leitor a possibilidade, entre outras, de saltar para a página desejada, pôr marcas e fazer mesmo pesquisa de palavras ou parágrafos. É possível ler o livro, não apenas no computador, mas com pequenos aparelhos portáteis, do tamanho de Walkmans, já disponíveis no mercado.
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## fim da página Capítulo 8
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