Directivas para a acessibilidade do conteúdo da Web - 1.0

Recomendação do W3C, de 5 de Maio de 1999

Este documento é uma versão traduzida de Web Content Accessibility Guidelines 1.0, do W3C, podendo conter erros de tradução. A versão normativa, no idioma inglês, pode ser encontrada no endereço:

http://www.w3.org/TR/WAI-WEBCONTENT

Esta tradução da versão inglesa encontra-se no endereço:

http://www.utad.pt/wai/wai-pageauth.html.

Tradutores:

Pedro Pla Afonso Dias: pedro.pla@mail.telepac.pt

Leonel Morgado: leonelm@bigfoot.com

Ana Cardoso Pires: escrivao@mail.telepac.pt

A tradução, manutenção e revisão deste documento é da responsabilidade da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). A reprodução e distribuição é livre, desde que cumpra os requisitos do documento do W3C sobre direitos de autor e copyright.

Editores:

Wendy Chisholm, Trace R & D Center, Universidade de Wisconsin - Madison (EUA)

Gregg Vanderheiden, Trace R & D Center, Universidade de Wisconsin - Madison (EUA)

Ian Jacobs, W3C

Copyright © 1999 W3C (MIT, INRIA, Keio). Todos os direitos reservados. São aplicáveis as disposições do W3C relativas a responsabilidade, marcas, utilização de documentos e licenciamento de software.

Sinopse

As presentes directivas explicam como tornar o conteúdo Web acessível a pessoas com deficiências. Destinam-se a todos os criadores de conteúdo Web (autores de páginas e criadores de sítios) e aos programadores de ferramentas para criação de conteúdo. O principal objectivo destas directivas é promover a acessibilidade. No entanto, a sua observância fará também com que o conteúdo da Web se torne de mais fácil acesso para todos os utilizadores, independentemente do respectivo agente do utilizador (por ex., navegador de ambiente de trabalho, navegador por voz, telemóvel, computador pessoal para o automóvel) e quaisquer que sejam as limitações associadas à respectiva utilização (ambientes barulhentos, divisões mal iluminadas ou com excesso de iluminação, utilização em modo mãos-livres, etc.). A observância destas directivas irá ainda ajudar as pessoas a encontrarem informações na Web mais rapidamente. Estas directivas não visam de modo algum restringir a utilização de imagem, vídeo, etc., por parte dos produtores de conteúdo; antes explicam como tornar o conteúdo de multimédia mais acessível a um público mais vasto.

O presente documento constitui-se como uma referência para princípios de acessibilidade e ideias de concepção. Algumas das estratégias nele tratadas incidem sobre factores relacionados com a internacionalização da Web e com o acesso móvel. Todavia, o documento centra-se no tema da acessibilidade e não trata em profundidade de questões relacionadas com outras actividades da W3C. Para mais informações, consulte a página do W3C sobre actividades relacionadas com o acesso móvel e a página do W3C sobre actividades relacionadas com a internacionalização.

Pretende-se que este documento seja duradouro, razão pela qual não fornece informações específicas sobre suporte de navegadores para as diferentes tecnologias, já que seriam informações necessariamente sujeitas a constantes alterações. Essas informações pormenorizadas podem obter-se no sítio da Iniciativa para a acessibilidade da Web (consultar [WAI-UA-SUPPORT]).

Este documento inclui um anexo que organiza os pontos de verificação por tópico e nível de prioridade. Os pontos de verificação do anexo têm ligações às respectivas definições, contidas neste documento. Os tópicos identificados no anexo abrangem imagens, multimédia, tabelas, frames, formulários e programas interpretáveis. O anexo está disponível quer como tabela de pontos de verificação, quer como lista de pontos de verificação.

Um documento separado, sobre técnicas relativas às directivas para a acessiblidade do conteúdo da Web (versão 1.0) ([TECHNIQUES]), explica como pôr em prática os pontos de verificação definidos no presente documento. Esse documento de técnicas aborda cada um dos pontos de verificação em mais pormenor e dá exemplos utilizando a linguagem de anotação de hipertexto (HTML - Hypertext Markup Language), as folhas de estilo em cascata (CSS - Cascading Style Sheets), a linguagem de integração de multimédia sincronizado (SMIL - Synchronized Multimedia Integration Language ) e a linguagem de anotação matemática (MathML - Mathematical Markup Language). O documento aborda ainda técnicas para a validação e teste de documentos e um índice de elementos e atributos de HTML (indicando quais as técnicas que os utilizam). O documento de técnicas foi concebido para acompanhar as alterações tecnológicas e será naturalmente actualizado com mais frequência do que o presente documento. Nota: Nem todos os navegadores ou ferramentas de multimédia suportam as funcionalidades descritas nas directivas. Refira-se, em particular, as novas funcionalidades dos formatos HTML 4.0, CSS 1 e CSS 2, que podem não ser suportadas.

O documento "Directivas para a acessibilidade do conteúdo da Web - 1.0" faz parte de uma série de directivas de acessibilidade, publicadas pela Iniciativa para a acessibilidade da Web. Dessa série fazem parte as directivas para a acessibilidade de agentes do utilizador ([WAI-USERAGENT]) e as directivas para a acessibilidade de ferramentas de criação de conteúdo ([WAI-AUTOOLS]).

Estatuto deste documento

Este documento foi revisto pelos membros do W3C e por outras partes interessadas. Foi subscrito pelo director do W3C, com o estatuto de Recomendação do W3C. Trata-se de um documento estável, que pode ser utilizado como material de referência ou citado como referência normativa, noutro documento. O propósito do W3C ao emitir esta Recomendação é chamar a atenção para o especificado e promover a sua adopção generalizada, tendo em vista potenciar a funcionalidade e a universalidade da Web.

A versão em língua inglesa das presentes especificações constitui a única versão normativa. No entanto, existem traduções para outras línguas, em http://www.w3.org/WAI/GL/WAI-WEBCONTENT-TRANSLATIONS.

A errata relativa à versão original (em língua inglesa) deste documento está disponível em http://www.w3.org/WAI/GL/WAI-WEBCONTENT-ERRATA. Agradece-se que comunique quaisquer erros detectados neste documento para o endereço wai-wcag-editor@w3.org.

Pode obter-se, a par de outros documentos técnicos, uma lista das Recomendações do W3C em vigor, no endereço http://www.w3.org/TR.

A produção deste documento está integrada na Iniciativa para a acessibilidade da Web, do W3C. O objectivo do Grupo de trabalho de directivas para conteúdo da Web é descrito na Carta do grupo de trabalho.

Índice

Sinopse

Estatuto deste documento

1. Introdução

2. Temas da concepção para a acessibilidade

2.1 Assegurar uma transformação harmoniosa

2.2 Tornar o conteúdo compreensível e navegável

3. Organização das directivas

3.1 Convenções utilizadas neste documento

4. Níveis de prioridade

5. Conformidade

6. Directivas para a acessibilidade do conteúdo da Web

6.1. Fornecer alternativas equivalentes ao conteúdo sonoro e visual

6.2. Não recorrer apenas à cor

6.3. Utilizar correctamente anotações e folhas de estilo

6.4. Indicar claramente qual a língua utilizada

6.5. Criar tabelas passíveis de transformação harmoniosa

6.6. Assegurar que as páginas dotadas de novas tecnologias sejam transformadas harmoniosamente

6.7. Assegurar o controlo do utilizador sobre as alterações temporais
do conteúdo

6.8. Assegurar a acessibilidade directa de interfaces do utilizador integradas

6.9. Pautar a concepção pela independência face a dispositivos

6.10. Utilizar soluções de transição

6.11. Utilizar as tecnologias e as directivas do W3C

6.12. Fornecer contexto e orientações

6.13. Fornecer mecanismos de navegação claros

6.14. Assegurar a clareza e a simplicidade dos documentos

Anexo A -- Validação

Anexo B -- Glossário

Bibliografia e agradecimentos

Referências.

A lista de pontos de verificação incluída em anexo está disponível quer como tabela de pontos de verificação, quer como lista de pontos de verificação.

1. Introdução

Muita gente não faz ideia do que é, nem que importância possa ter, a temática da acessibilidade associada à concepção de páginas para a Web. Pede-se, pois, ao leitor que pense que há muitos utilizadores que actuam em contextos muito diferentes do seu. Referimo-nos a utilizadores que podem estar numa das seguintes situações:

- Não ter a capacidade de ver, ouvir ou deslocar-se, ou que podem ter grandes dificuldades, quando não mesmo a impossibilidade, de interpretar determinados tipos de informações.

- Ter dificuldade em ler ou compreender textos.

- Não ter um teclado ou rato, ou não ser capazes de os utilizar.

- Ter um ecrã que apenas apresenta texto, um ecrã de dimensões reduzidas ou uma ligação à Internet muito lenta.

- Não falar ou compreender fluentemente a língua em que o documento foi escrito.

- Ter os olhos, os ouvidos ou as mãos ocupados ou de outra forma solicitados (por ex., ao volante a caminho do emprego ou a trabalhar num ambiente barulhento).

- Ter uma versão muito antiga de um navegador, um navegador completamente diferente dos habituais, um navegador por voz, ou um sistema operativo menos vulgarizado.

Os criadores de conteúdo têm de levar em conta estas diferentes situações, ao conceberem uma página para a Web. Embora haja uma multiplicidade de situações, cada projecto de página, para ser verdadeiramente potenciador da acessibilidade, tem de dar resposta a vários grupos de incapacidade ou deficiência em simultâneo e, por extensão, ao universo dos utilizadores da Web. Assim, por exemplo, através da utilização de folhas de estilo para controlo de tipos de letra e para eliminação do elemento FONT, os autores de páginas em HTML obtêm um maior domínio sobre as páginas que criam, tornam-nas mais acessíveis a pessoas com problemas de visão e, através da partilha de folhas de estilo, reduzem os tempos de transferência de páginas, para benefício da totalidade dos utilizadores.

As directivas abordam questões de acessibilidade e apresentam soluções projectuais. Centram-se em cenários típicos (semelhantes ao exemplo, acima, sobre os tipos de letra) que podem colocar problemas a utilizadores com determinadas incapacidades. Por exemplo, a directiva 1 explica de que modo os criadores de conteúdo podem tornar as imagens acessíveis. Alguns utilizadores podem não ser capazes de ver imagens, outros podem utilizar navegadores baseados em texto e que não suportam imagens, e ainda outros podem ter desactivado o suporte de imagens (por ex., porque possuem uma ligação lenta à Internet). As directivas não aconselham a que se evitem as imagens como modo de melhorar a acessibilidade. Antes, explicam que a disponibilização de um equivalente textual da imagem pode torná-la acessível.

Como pode um equivalente textual tornar acessível uma imagem? Ambas as palavras da expressão "equivalente textual" são importantes:

- O conteúdo textual pode ser apresentado ao utilizador sob a forma de discurso sintetizado, em braille ou ainda em texto visível. Cada um destes três processos faz apelo a um sentido diferente (o ouvido, no caso do discurso sintetizado; o tacto, no caso do braille; a vista, no caso do texto visível), tornando as informações acessíveis a grupos representativos de um vasto leque de incapacidades e deficiências sensoriais ou outras.

- Para ser verdadeiramente útil, o texto tem de transmitir a mesma função ou finalidade que a imagem. Veja-se o caso do equivalente textual de uma imagem fotográfica da Terra vista do espaço. Se a finalidade da imagem é sobretudo decorativa, um texto do tipo "Fotografia da Terra, vista do espaço" pode preencher a função necessária. Já se a finalidade da fotografia for ilustrar uma informação bem determinada acerca da geografia do planeta, o equivalente textual tem de transmitir essa informação. Se a fotografia tiver sido inserida na página para indicar ao utilizador que deve seleccionar a imagem (por ex., fazendo clique sobre ela), o equivalente textual seria "Informações sobre a Terra". Assim, se o texto veicular, ao utilizador deficiente, a mesma função ou finalidade transmitidas aos restantes utilizadores, pode considerar-se um equivalente textual.

De notar que, para além de beneficiarem os utilizadores deficientes, os equivalentes textuais contribuem para que todos e quaisquer utilizadores encontrem as páginas mais depressa, já que os motores de pesquisa podem servir-se do texto na respectiva indexação.

Embora o fornecimento de equivalentes textuais de imagens e demais conteúdo de multimédia seja da competência dos criadores de conteúdo Web, a apresentação das informações ao utilizador é da responsabilidade dos agentes do utilizador (por ex., navegadores e tecnologias de apoio, como os leitores de ecrã, monitores braille, etc.).

Os equivalentes não textuais de texto (por ex., ícones, discurso pré-gravado ou um vídeo de uma pessoa a traduzir o texto para língua gestual) podem tornar os documentos acessíveis a pessoas que tenham dificuldade em aceder a texto escrito, entre elas as que tenham deficiências cognitivas, dificuldades de aprendizagem ou surdez. Os equivalentes não textuais de texto podem também ser úteis a pessoas que não lêem. Exemplo de um equivalente não textual de informações visuais é a descrição sonora. A descrição falada de uma passagem visual de uma apresentação multimédia beneficia quem não consegue ver as informações visuais.






2. Temas da concepção para a acessibilidade

As directivas abordam dois temas genéricos: assegurar uma transformação harmoniosa e tornar o conteúdo compreensível e navegável.

2.1 Assegurar uma transformação harmoniosa

Através da observância destas directivas, os criadores de conteúdo Web podem produzir páginas cuja transformação seja harmoniosa. Uma página com estas características mantém-se acessível apesar da presença de quaisquer das limitações descritas sob o título na introdução, entre as quais se contam as deficiências físicas, sensoriais e cognitivas, as limitações de trabalho e as barreiras tecnológicas. Apresentam-se a seguir alguns pontos-chave para a concepção de páginas no sentido de produzirem uma transformação harmoniosa.

- Separar a estrutura da apresentação (ver a diferença entre conteúdo, estrutura e apresentação).

- Incluir texto (incluindo equivalentes textuais). O texto pode ser incluído de tal modo que seja possível de ser interpretado por praticamente todos os dispositivos de navegação e por quase todos os utilizadores.

- Criar documentos que cumpram a sua finalidade, mesmo que o utilizador não consiga ver e/ou ouvir. Fornecer informações que preencham a mesma finalidade ou função que o áudio ou o vídeo, de tal modo que se adaptem o melhor possível a canais sensoriais alternativos. Isto não significa que deva ser criada uma versão áudio pré-gravada de todo o sítio, para o tornar acessível a utilizadores cegos ou com grandes problemas de visão. Estes podem recorrer à tecnologia dos leitores de ecrã para extraírem todas as informações de texto das páginas.

- Criar documentos que não dependam apenas de um tipo de equipamento. As páginas devem poder ser utilizadas por pessoas que não possuam rato, que tenham ecrãs pequenos, de baixa resolução ou monocromáticos, que apenas recebam voz ou texto, etc.

O tema da transformação harmoniosa é tratado sobretudo nas directivas 1 a 11.

2.2 Tornar o conteúdo compreensível e navegável

Os criadores de conteúdo Web devem tornar as suas produções compreensíveis e navegáveis. Isto passa não só por uma linguagem clara e simples, mas também pela disponibilização de meios compreensíveis para proceder à navegação entre páginas e no interior delas. A inclusão de ferramentas de navegação e orientação nas páginas é um factor potenciador da acessibilidade e da facilidade de utilização. Nem todos os utilizadores podem servir-se das "pistas" gráficas (como sejam mapas de imagens, barras de deslocamento proporcionais, frames colocadas lado a lado, ou gráficos) que guiam os utilizadores com boa visão, em navegadores, gráficos eles também, de ambientes de trabalho gráficos. Os utilizadores perdem também informações de contexto quando apenas conseguem ver uma parte da página, seja porque estão a aceder à página palavra a palavra (por discurso sintetizado ou monitor braille), seja secção a secção (num ecrã pequeno ou fortemente ampliado). Sem informações de orientação, os utilizadores podem não compreender tabelas, listas ou menus extensos, por exemplo.

O tema da perceptibilidade e navegabilidade é sobretudo abordado nas directivas 12 a 14.

3. Organização das directivas

Este documento contém catorze directivas, ou princípios gerais, sobre concepção da acessibilidade. Cada directiva inclui:

- O número respectivo.

- A ideia-força que lhe está subjacente.

- Ligações para navegação. A presença de três ligações permite passar para a directiva seguinte (ícone da seta para a direita), para a anterior (ícone da seta para a esquerda), ou para a posição que, no índice, é ocupada por essa mesma directiva (ícone da seta para cima).

- A lógica subjacente à directiva e a indicação de alguns dos grupos de utilizadores que têm a beneficiar com ela.

- Uma lista de definições de pontos de verificação.

As definições dos pontos de verificação de cada directiva explicam de que modo esta se aplica a cenários típicos de desenvolvimento de conteúdo Web. Cada ponto de verificação inclui:

- O número respectivo.

- A ideia-força que lhe está subjacente.

- O nível de prioridade que lhe está associado. Os pontos de verificação de prioridade 1 são destacados através da utilização de folhas de estilo.

- Notas informativas facultativas, para esclarecer exemplos, e ainda referências cruzadas que apontam para directivas e pontos de verificação relacionados.

- Uma ligação para a secção do documento de técnicas ([TECHNIQUES]), onde são abordadas questões sobre a passagem à prática dos pontos de verificação, com exemplos.

Pretendeu-se que cada um dos pontos de verificação fosse suficientemente específico, de maneira a que qualquer pessoa que passe em revista a página ou sítio possa verificar facilmente que o ponto de verificação em causa foi satisfeito.

3.1 Convenções utilizadas neste documento

Foram utilizadas neste documento as seguintes convenções editoriais:

- Os nomes dos elementos aparecem em maiúsculas.

- Os nomes dos atributos aparecem em minúsculas.

- As ligações às definições são destacadas através da utilização de folhas de estilo.

4. Níveis de prioridade

O grupo de trabalho atribuiu a cada ponto de verificação um nível de prioridade, com base no respectivo impacte em termos de acessibilidade.

[Prioridade 1]

Pontos que os criadores de conteúdo Web têm absolutamente de satisfazer. Se o não fizerem, um ou mais grupos de utilizadores ficarão impossibilitados de aceder a informações contidas no documento. A satisfação deste tipo de pontos é um requisito básico para que determinados grupos possam aceder a documentos sediados na Web.

[Prioridade 2]

Pontos que os criadores de conteúdos na Web devem satisfazer. Se não o fizerem, um ou mais grupos de utilizadores terão dificuldades em aceder a informações contidas no documento. A satisfação deste tipo de pontos traduzir-se-á na remoção de barreiras significativas ao acesso a documentos sediados na Web.

[Prioridade 3]

Pontos que os criadores de conteúdos na Web podem satisfazer. Se não o fizerem, um ou mais grupos poderão deparar-se com algumas dificuldades em aceder a informações contidas nos documentos. A satisfação deste tipo de pontos irá melhorar o acesso a documentos sediados na Web.

Alguns pontos de verificação especificam um nível de prioridade que poderá mudar sob determinadas condições (explicitadas).

5. Conformidade

Esta secção define três níveis de conformidade com este documento:

- Nível de conformidade "A": foram satisfeitos todos os pontos de verificação de prioridade 1;

- Nível de conformidade "Duplo A": foram satisfeitos todos os pontos de verificação de prioridades 1 e 2;

- Nível de conformidade "Triplo A": foram satisfeitos todos os pontos de verificação de prioridades 1, 2 e 3.

Nota: Os níveis de conformidade são apresentados por extenso no texto, de modo a poderem ser compreendidos quando passados a discurso sonoro.

Todas e quaisquer declarações de conformidade com este documento têm obrigatoriamente de utilizar um dos seguintes formatos:

Formato 1. Especificar:

- O título da directiva: "Web Content Accessibility Guidelines 1.0".

- O URI (Uniform Resource Identifier) da directiva: http://www.w3.org/TR/1999/WAI-WEBCONTENT-19990505

- O nível de conformidade satisfeito: "A", "Duplo A" ou "Triplo A".

- O âmbito abrangido pela declaração de conformidade (por ex., página, sítio ou porção definida de um sítio).

Exemplo do formato 1:

Esta página está conforme ao documento do W3C "Web Content Accessibility Guidelines 1.0", disponível em http://www.w3.org/TR/1999/WAI-WEBCONTENT-19990505, de nível "Duplo A".

Formato 2 . Incluir, em cada uma das páginas em relação às quais se declara conformidade, um dos três símbolos fornecidos pelo W3C e estabelecer a ligação entre esse símbolo e a respectiva explicação (da autoria do W3C) do que representa essa declaração. Em [WCAG-ICONS] encontram-se informações sobre os símbolos e o modo de os inserir nas páginas.

6. Directivas para a acessibilidade do conteúdo da Web

Directiva 1 - Fornecer alternativas ao conteúdo sonoro e visual

Proporcionar conteúdo que, ao ser apresentado ao utilizador, transmita, em essência, as mesmas funções e finalidade do que o conteúdo sonoro ou visual.

Se bem que algumas pessoas não possam utilizar directamente imagens, filmes, sons, applets, etc., continuam a poder utilizar páginas que incluam informações equivalentes ao conteúdo visual ou sonoro. As informações equivalentes têm de preencher as mesmas funções que o conteúdo visual ou sonoro. Assim, o equivalente textual de uma imagem de uma seta para cima, que estabelece a ligação a um índice poderia ser "Ir para o índice". Em alguns casos, o equivalente deve ainda descrever o aspecto do conteúdo visual (por ex., no caso de diagramas complexos, diagramas, etc.) ou do conteúdo sonoro (por ex., no caso das amostras de áudio utilizadas para fins educativos).

Esta directiva realça a importância de fornecer equivalentes textuais de conteúdo diferente de texto (como sejam imagens, áudio pré-gravado, vídeo). O impacte dos equivalentes textuais reside na sua capacidade de serem comunicados de modo acessível a pessoas com diferentes tipos de deficiências, utilizando uma grande variedade de tecnologias. O texto pode ser rapidamente reproduzido por sintetizadores de voz e monitores braille, e pode ser apresentado visualmente (numa grande variedade de tamanhos) em monitores ou em papel. O discurso sintetizado é essencial para cegos e para muitas pessoas com o tipo de dificuldades de leitura que está frequentemente associado à surdez ou a deficiências cognitivas ou de aprendizagem. O sistema Braille é essencial tanto para pessoas cegas e surdas como para aquelas cuja única deficiência sensorial é a cegueira. O texto apresentado sob a forma visual beneficia tanto os surdos como a maioria dos utilizadores da Web.

O fornecimento de equivalentes não textuais (por ex., imagens, vídeos e áudio pré-gravado) de texto é também benéfico para determinados utilizadores, especialmente para quem não lê ou tenha dificuldade em ler. Em alguns filmes e apresentações visuais, pode acontecer que a acção visual (como, por exemplo, a linguagem corporal ou outras "pistas" visuais) não seja acompanhada de suficiente informação sonora para transmitir a ideia de base com a mesma integridade e clareza. Se não forem fornecidas descrições verbais desse tipo de informações, quem não vê o conteúdo visual (ou não possa olhar para ele) não poderá atingir o mesmo grau de compreensão.

Pontos de verificação:

1.1 Fornecer um equivalente textual a cada elemento não textual (por ex., através de "alt" ou "longdesc", ou como parte do conteúdo do elemento). Isto abrange: imagens, representações gráficas do texto (incluindo símbolos), regiões de mapa de imagem, animações (por ex., GIF animados), applets e objectos programados, arte ASCII, frames, programas interpretáveis, imagens utilizadas como sinalizadores de pontos de enumeração, espaçadores, botões gráficos, sons (reproduzidos ou não com interacção do utilizador), ficheiros de áudio independentes, pistas áudio de vídeo e trechos de vídeo. [Prioridade 1]

Por exemplo, em HTML:

- Utilizar "alt" para os elementos IMG, INPUT e APPLET, ou fornecer um equivalente textual como parte do conteúdo dos elementos OBJECT e APPLET.

- No caso de um conteúdo complexo (por ex., um gráfico ou diagrama), em que o texto "alt" não proporcione um equivalente textual suficientemente completo, fornecer uma descrição adicional, utilizando, por exemplo, "longdesc" com IMG ou FRAME, uma ligação dentro de um elemento OBJECT ou uma ligação descritiva.

- Em mapas de imagem, utilizar o atributo "alt" com AREA ou o elemento MAP com elementos A (e demais texto) por conteúdo.

Ver também o ponto de verificação 9.1 e o ponto de verificação 13.10.

1.2 Fornecer ligações de texto redundantes relativamente a cada região activa de um mapa de imagem sediado no servidor. [Prioridade 1]

Ver também o ponto de verificação 1.5 e o ponto de verificação 9.1.

1.3 Fornecer uma descrição sonora das informações importantes veiculadas pelos trechos visuais das apresentações de multimédia, até que os agentes do utilizador consigam ler, automaticamente e em voz alta, o equivalente textual dos trechos visuais. [Prioridade 1]

Sincronizar a descrição sonora e a pista de áudio, de acordo com o disposto no ponto de verificação 1.4. Para informações sobre equivalentes textuais de informações visuais, consultar o ponto de verificação 1.1.

1.4 Em apresentações multimédia baseadas em tempo (por ex., um filme ou uma animação), sincronizar as alternativas equivalentes (por ex., legendas ou descrições sonoras dos trechos visuais) e a apresentação. [Prioridade 1]

1.5 Fornecer ligações de texto redundantes para cada região activa dos mapas de imagem no cliente, até que os agentes do utilizador proporcionem equivalentes textuais das ligações a mapas de imagem sediados no cliente. [Prioridade 3].

Ver também o ponto de verificação 1.2 e o ponto de verificação 9.1.

Directiva 2 - Não recorrer apenas à cor

Assegurar a perceptibilidade do texto e dos elementos gráficos quando vistos sem cores.

Se a cor for o único veículo utilizado para transmitir informações, as pessoas que não são capazes de diferenciar certas cores, bem como os utilizadores de dispositivos sem cor ou com monitores não visuais, não receberão essas informações. Se as cores de fundo e de primeiro plano tiverem tons muito próximos, podem não ser suficientemente contrastantes quando vistas em ecrãs monocromáticos ou por pessoas com diversos tipos de cromodeficiências.

Pontos de verificação:

2.1 Assegurar que todas as informações veiculadas com cor estejam também disponíveis sem cor, por exemplo a partir do contexto ou de anotações. [Prioridade 1]

2.2 Assegurar que a combinação de cores entre o fundo e o primeiro plano seja suficientemente contrastante para poder ser vista por pessoas com cromodeficiências, bem como pelas que utilizam ecrãs monocromáticos. [Prioridade 2 para imagens; prioridade 3 para texto].

Directiva 3 - Utilizar correctamente anotações e folhas de estilo

Anotar os documentos com os elementos estruturais adequados. Controlar a apresentação por meio de folhas de estilo, em vez de o fazer com elementos de apresentação e atributos.

A utilização incorrecta -- isto é, sem observar as especificações -- de anotações prejudica a acessibilidade. A utilização errónea de uma anotação ou efeito de apresentação (por ex., utilizar uma tabela para efeitos de disposição de objectos na página, ou um cabeçalho para mudar o tamanho do tipo de letra) torna difícil, aos utilizadores com software especializado, compreender a organização da página e navegarem nela. Além disso, a utilização de anotações de apresentação em vez de anotações estruturais para veicular uma estrutura (por ex., construir, com um elemento PRE de HTML, aquilo que parece uma tabela de dados) dificulta a apresentação inteligível da página a outros dispositivos (ver a descrição da diferença entre conteúdo, estrutura e apresentação).

Os criadores de conteúdo Web podem sentir-se tentados a fazer uso (ou mau uso...) de esquemas construtivos que produzam um determinado efeito de formatação em navegadores mais antigos. Tais práticas podem provocar problemas de acesso, pelo que é necessário avaliar se a formatação em causa é tão importante que compense o risco de tornar o documento inacessível a parte dos utilizadores.

No extremo oposto, os criadores de conteúdo não podem sacrificar determinadas anotações só porque um determinado navegador ou tecnologia de apoio não as trata correctamente. Por exemplo, é correcta a utilização do elemento TABLE do HTML para anotar informações tabulares, mesmo que alguns leitores de ecrã possam não processar como deve ser texto lado a lado (ver ponto de verificação 10.3). A utilização correcta de TABLE e a criação de tabelas passíveis de transformação harmoniosa (ver a directiva 5) permite que o software reproduza as tabelas de modos que não apenas sob forma de grelhas a duas dimensões.

Pontos de verificação:

3.1 Sempre que exista uma linguagem de anotação apropriada, utilizar anotações em vez de imagens para transmitir informações. [Prioridade 2]

Por exemplo, é de utilizar MathML para anotar equações matemáticas, e folhas de estilo para formatar texto e organizar a sua paginação (disposição na página). Além disso, evitar a utilização de imagens para representar texto -- utilizar, em vez disso, texto e folhas de estilo. Ver também a directiva 6 e a directiva 11.

3.2 Criar documentos passíveis de validação por gramáticas formais, publicadas. [Prioridade 2]

Por exemplo, incluir uma declaração de tipo de documento no início do documento, que se refira a uma DTD publicada (por ex., a DTD estrita do HTML 4.0).

3.3 Utilizar folhas de estilo para controlar a paginação (disposição em página) e a apresentação. [Prioridade 2]

Por exemplo, utilizar a propriedade 'font' do CSS em vez do elemento FONT do HTML no controlo estilos de tipo de letra.

3.4 Utilizar unidades absolutas, e não relativas, nos valores dos atributos da linguagem de anotação e nos valores das propriedades das folhas de estilo. [Prioridade 2]

Por exemplo, em CSS, utilizar 'em' ou percentagens em vez das unidades absolutas 'pt' ou 'cm'. Se forem utilizadas unidades absolutas, há que verificar se o conteúdo reproduzido é utilizável (ver a secção sobre validação).

3.5 Utilizar elementos de cabeçalho indicativos da estrutura do documento e fazê-lo de acordo com as especificações. [Prioridade 2]

Por exemplo, em HTML, utilizar H2 para indicar uma subsecção de H1. Não utilizar cabeçalhos para produzir efeitos de tipo de letra.

3.6 Anotar correctamente listas e pontos de enumeração em listas. [Prioridade 2]

Por exemplo, em HTML, hierarquizar correctamente as listas OL, UL e DL.

3.7 Anotar as citações. Não utilizar anotações de citação para efeitos de formatação, como, por exemplo, o avanço de texto. [Prioridade 2]

Por exemplo, em HTML, utilizar os elementos Q e BLOCKQUOTE para, respectivamente, anotar citações curtas e mais extensas.

Directiva 4 - Indicar claramente qual a língua utilizada

Utilizar anotações que facilitem a pronúncia e a interpretação de abreviaturas ou texto em língua estrangeira.

Se os criadores de conteúdo anotarem as mudanças de língua num documento, os sintetizadores de voz e os dispositivos braille podem passar automaticamente para a nova língua, tornando o documento mais acessível a utilizadores multilingues. Os criadores de conteúdo devem identificar a língua predominante do conteúdo do documento (através de anotações ou dos cabeçalhos do HTTP). Devem ainda fornecer a versão por extenso de quaisquer abreviaturas e acrónimos.

Para além de ser um auxiliar precioso para as tecnologias de apoio, a anotação da língua permite que os motores de pesquisa procurem e identifiquem documentos numa dada língua. A anotação da língua aumenta também a legibilidade da Web para todos os utilizadores, incluindo os que tenham deficiências de aprendizagem, cognitivas ou surdez.

Se as abreviaturas e as mudanças de língua não forem identificadas, podem tornar-se indecifráveis quando forem utilizados comandos por voz ou sistemas braille.

Pontos de verificação:

4.1 Identificar claramente quaisquer mudanças de língua no texto de um documento, bem como quaisquer equivalentes textuais (por ex., legendas). [Prioridade 1]

Por exemplo, em HTML, utilizar o atributo "lang". Em XML, utilizar "xml:lang".

4.2 Especificar por extenso cada abreviatura ou acrónimo quando da sua primeira ocorrência num documento. [Prioridade 3]

Por exemplo, em HTML, utilizar o atributo "title" ou os elementos ABBR e ACRONYM. Fornecer a versão por extenso no corpo principal do documento também contribui para a sua melhor utilização.

4.3 Identificar a língua principal utilizada nos documentos. [Prioridade 3]

Por exemplo, em HTML, definir o atributo "lang" no elemento HTML. Em XML, utilizar "xml:lang". Os operadores de servidores devem configurá-los de modo a tirar partido dos mecanismos de negociação de conteúdo do HTTP ([RFC2068], secção 14.13), de modo a que os clientes possam puxar automaticamente documentos na língua preferida. Técnicas para o ponto de verificação 4.3

Directiva 5 - Criar tabelas passíveis de transformação harmoniosa

Assegurar que as tabelas têm as anotações necessárias para poderem ser transformadas harmoniosamente por navegadores acessíveis e outros agentes do utilizador.

Devem ser utilizadas tabelas para anotar as informações tabulares genuínas ("tabelas de dados"). Os criadores de conteúdo devem evitar utilizá-las para efeitos de paginação ("tabelas de disposição"). As tabelas, qualquer que seja a utilização que delas se faça, colocam problemas especiais aos utilizadores de leitores de ecrã (ver o ponto de verificação 10.3).

Alguns agentes do utilizador permitem que os utilizadores naveguem entre as células das tabelas e acedam ao cabeçalho e outras informações sobre as células. Se não forem adequadamente anotadas, essas tabelas não irão fornecer as informações apropriadas aos agentes do utilizador. (Ver também a directiva 3.)

Os pontos de verificação que se seguem destinam-se a beneficiar directamente as pessoas que acedem a tabelas através de meios sonoros (por ex., um leitor de ecrã ou um computador pessoal para automóvel) ou que vêem apenas uma parte da página de cada vez (por ex., utilizadores cegos ou com visão fraca que utilizem comando por voz ou um monitor braille ou ainda, por exemplo, quem utilize monitores de reduzidas dimensões).





Pontos de verificação:

5.1 Em tabelas de dados, identificar os cabeçalhos de linha e de coluna. [Prioridade 1]

Por exemplo, em HTML, utilizar TD para identificar as células de dados e TH para identificar os cabeçalhos.

5.2 Em tabelas de dados com dois ou mais níveis lógicos de cabeçalhos de linha ou de coluna, utilizar anotações para associar as células de dados às células de cabeçalho. [Prioridade 1]

Por exemplo, em HTML, utilizar THEAD, TFOOT e TBODY para agrupar linhas, COL e COLGROUP para agrupar colunas, e os atributos "axis", "scope" e "headers" para descrever relações mais complexas entre os dados.

5.3 Não utilizar tabelas para efeitos de disposição em página, a não ser que a tabela continue a fazer sentido depois de linearizada. Se não for o caso, fornecer um equivalente alternativo (que pode ser uma versão linearizada). [Prioridade 2]

Nota: Até que os agentes do utilizador passem a suportar o posicionamento por folhas de estilo, as tabelas não devem ser utilizadas para produzir uma determinada disposição na página. Ver também o ponto de verificação 3.3.

5.4 Se for utilizada uma tabela para efeitos de disposição em página, não utilizar qualquer anotação estrutural para efeitos de formatação visual. [Prioridade 2]

Por exemplo, em HTML, não utilizar o elemento TH para fazer com que o conteúdo de uma célula (que não seja de cabeçalho de tabela) apareça centrado e a negrito.

5.5 Fornecer resumos das tabelas. [Prioridade 3]

Por exemplo, em HTML, utilizar o atributo "summary" do elemento TABLE.

5.6 Fornecer abreviaturas para os rótulos de cabeçalho. [Prioridade 3]

Por exemplo, em HTML, utilizar o atributo "abbr" no elemento TH.

Ver também o ponto de verificação 10.3.





Directiva 6 - Assegurar que as páginas dotadas de novas tecnologias sejam transformadas harmoniosamente

Assegurar que as páginas são acessíveis mesmo quando as tecnologias mais recentes não forem suportadas ou tenham sido desactivadas.

Embora os criadores de conteúdo Web sejam encorajados a utilizar novas tecnologias para resolver problemas decorrentes dos mecanismos existentes, devem ter presente que as páginas que produzirem têm de poder ser vistas com os navegadores mais antigos e pelos utilizadores que optem por desactivar as novas funcionalidades.

Pontos de verificação:

6.1 Organizar os documentos de modo a que possam ser lidos sem recurso a folhas de estilo. Por exemplo, se um documento em HTML for reproduzido sem as folhas de estilo que lhe estão associadas, deve continuar a ser possível lê-lo. [Prioridade 1]

Todo o conteúdo organizado de forma lógica pode ser apresentado segundo uma ordem compreensível, mesmo que tenha sido desactivada a funcionalidade das folhas de estilo ou que esta não seja suportada.

6.2 Assegurar que os equivalentes de conteúdo dinâmico sejam actualizados sempre que esse conteúdo mude. [Prioridade 1]

6.3 Assegurar que todas as páginas possam ser utilizadas mesmo que os programas interpretáveis, os applets ou outros objectos programados tenham sido desactivados ou não sejam suportados. Se isto não for possível, fornecer informações equivalentes numa página alternativa, acessível. [Prioridade 1]

Por exemplo, assegurar que as ligações que desencadeiam programas interpretáveis funcionem quando estes tiverem sido desactivados ou não forem suportados (por ex., não utilizar "javascript:" como destino da ligação). Se não for possível fazer com que a página seja utilizada sem programas interpretáveis, fornecer um equivalente textual com o elemento NOSCRIPT ou utilizar um programa interpretável sediado no servidor em vez de no cliente, ou ainda fornecer uma página alternativa, de acordo com o disposto no ponto de verificação 11.4. Ver também a directiva 1.

6.4 Em programas interpretáveis e applets, assegurar que a resposta a acontecimentos seja independente do dispositivo de entrada. [Prioridade 2]

Ver a definição de independente de dispositivos.

6.5 Assegurar a acessibilidade do conteúdo dinâmico ou fornecer uma apresentação ou página alternativas. [Prioridade 2]

Por exemplo, em HTML utilizar NOFRAMES no final de cada conjunto de frames. No caso de determinadas aplicações, os programas interpretados no servidor podem ser de acesso mais fácil do que os interpretados no cliente.

Ver também o ponto de verificação 11.4.

Directiva 7 - Assegurar o controlo do utilizador sobre as alterações temporais do conteúdo

Assegurar a possibilidade de interrupção momentânea ou definitiva do movimento, intermitência, desfile ou actualização automática de objectos ou páginas.

Algumas pessoas com deficiências cognitivas ou de visão não conseguem ler texto em movimento com a rapidez necessária ou podem mesmo não ser capazes de o ler de todo. Além disso, para pessoas com deficiências cognitivas, o movimento pode ser uma fonte de distracção que faz com que o resto da página se torne impossível de ler. Os leitores de ecrã não são capazes de ler texto em movimento, as pessoas com deficiências físicas podem não conseguir mover-se com a rapidez ou precisão que a interacção com objectos em movimento exige.

Nota: O conjunto dos pontos de verificação que se segue apela e depende exclusivamente da responsabilidade dos criadores de conteúdo até que os agentes do utilizador disponibilizem mecanismos adequados para o controlo de funcionalidades.

Pontos de verificação:

7.1 Evitar concepções que possam provocar intermitência do ecrã, até que os agentes do utilizador possibilitem o seu controlo. [Prioridade 1]

Nota: Uma intermitência ou pulsar na faixa dos 4 a 59 pulsos por segundo (hertz), sendo o pico de sensibilidade os 20 pulsos por segundo, bem como uma rápida passagem de uma quase escuridão para uma iluminação fulgurante (como a que ocorre nas luzes de tipo "strobe"), pode desencadear ataques ou ausências nas pessoas com epilepsia fotossensível.

7.2 Evitar as situações que possam provocar o piscar do conteúdo das páginas (isto é, alterar a apresentação a intervalos regulares, como o ligar e desligar), até que os agentes do utilizador possibilitem o controlo desse efeito. [Prioridade 2]

7.3 Evitar páginas contendo movimento, até que os agentes do utilizador possibilitem a imobilização do conteúdo. [Prioridade 2]

Sempre que uma página contenha movimento, fornecer (num programa interpretável ou num applet) um mecanismo para o imobilizar e para impedir actualizações. A utilização de folhas de estilo dotadas de programas interpretáveis destinados à criação de movimento permite que os utilizadores tenham mais facilidade em as desactivar ou fazer com que os seus efeitos sejam anulados. Ver também a directiva 8.

7.4 Não criar páginas de refrescamento automático periódico, até que os agentes do utilizador possibilitem parar o refrescamento. [Prioridade 2]

Por exemplo, em HTML, não provocar o refrescamento automático das páginas através da inclusão de "HTTP-EQUIV=refresh", até que os agentes do utilizador dêem aos utilizadores a possibilidade de desactivarem essa funcionalidade.

7.5 Não utilizar anotações para redireccionar as páginas automaticamente, até que os agentes do utilizador possibilitem parar o redireccionamento automático. Em vez de utilizar anotações, configurar o servidor de modo a que seja ele a executar os redireccionamentos. [Prioridade 2]

Nota: Os elementos BLINK e MARQUEE não se encontram definidos em qualquer especificação HTML do W3C, e não devem ser utilizados. Ver também a directiva 11.

Directiva 8 - Assegurar a acessibilidade directa de interfaces do utilizador integradas

Assegurar que a interface do utilizador obedeça a princípios de concepção para a acessibilidade: acesso independente de dispositivos, operacionalidade pelo teclado, emissão automática de voz (verbalização), etc.

Sempre que um objecto integrado tenha uma "interface própria", a interface -- tal como a interface do próprio navegador -- tem de ser acessível. Se a interface do objecto integrado não puder ser tornada acessível, tem de ser fornecida uma solução alternativa.

Nota: Para obter informações sobre interfaces acessíveis, devem consultar-se os documentos de directivas para a acessibilidade de agentes do utilizador([WAI-USERAGENT]) e de directivas para a acessibilidade de ferramentas de criação de conteúdo ([WAI-AUTOOL]).

Ponto de verificação:

8.1 Criar elementos de programação, tais como programas interpretáveis e applets, directamente acessíveis pelas tecnologias de apoio ou com elas compatíveis [prioridade 1 se a funcionalidade for importante e não estiver presente noutro local; prioridade 2, se não for o caso].

Ver também a directiva 6.

Directiva 9 - Pautar a concepção pela independência face a dispositivos

Utilizar funções que permitam a activação de elementos de página por meio de uma grande variedade de dispositivos de entrada de comandos.

Acesso independente de dispositivos significa que o utilizador pode interagir com o agente do utilizador ou com o documento através do dispositivo de entrada (ou de saída) de comandos da sua preferência: rato, teclado, voz, ponteiro de cabeça, ou outro. Se, por exemplo, um controlo de formulário puder apenas ser acedido através do rato, quem esteja a utilizar a página sem a ver, com comandos por voz ou com um teclado, ou quem esteja a utilizar outro dispositivo apontador, não poderá utilizar o formulário.

Nota: O fornecimento de equivalentes textuais de mapas de imagem ou de imagens utilizadas como ligações permite que os utilizadores com eles interajam sem necessidade de um dispositivo apontador. Ver também a directiva 1.

Geralmente, as páginas que permitem interacção pelo teclado são também acessíveis através dos interfaces de comando por voz ou de linha de comandos.

Pontos de verificação:

9.1 Fornecer mapas de imagem sediados no cliente em vez de no servidor, excepto quando as regiões não possam ser definidas através de uma forma geométrica disponível. [Prioridade 1]
Ver também o ponto de verificação 1.1, o ponto de verificação 1.2 e o and ponto de verificação 1.5.

9.2 Assegurar que qualquer elemento dotado de interface própria possa funcionar de modo independente de dispositivos. [Prioridade 2]

Ver a definição de independente de dispositivos.

Ver também a directiva 8.

9.3 Em programas interpretáveis, especificar de resposta a acontecimentos, preferindo-as a rotinas dependentes de dispositivos. [Prioridade 2]

9.4 Criar uma sequência lógica de tabulação para percorrer ligações, controlos de formulários e objectos. [Prioridade 3]

Por exemplo, em HTML, especificar a ordem de tabulação através do atributo "tabindex" ou ter uma concepção de página clara e lógica.

9.5 Fornecer atalhos por teclado que apontem para ligações importantes (incluindo as contidas em mapas de imagem sediados no cliente), controlos de formulários e grupo de controlos de formulários. [Prioridade 3]

Por exemplo, em HTML, especificar atalhos através do atributo "accesskey".

Directiva 10 - Utilizar soluções de transição

Utilizar soluções de acessibilidade transitórias, de modo a que as tecnologias de apoio e os navegadores mais antigos funcionem correctamente.

Por exemplo, os navegadores mais antigos não permitem que os utilizadores se posicionem em caixas de edição vazias. Os leitores de ecrã mais antigos lêem séries de ligações consecutivas como se de uma única ligação se tratasse. Estes elementos activos são, por isso, de acesso difícil ou mesmo impossível. Além disso, a mudança da janela actual ou o aparecimento repentino de novas janelas pode ser um factor de grande desorientação para os utilizadores que não conseguirem ver que foi isso que aconteceu.

Nota: Os pontos de verificação que se seguem são aplicáveis até que os agentes do utilizador (incluindo as tecnologias de apoio) abordem estas questões. Estes pontos de verificação são classificados como "provisórios", o que significa que o grupo de trabalho de directivas para o conteúdo Web, no momento da publicação deste documento, os considera válidos e necessários em termos da acessibilidade da Web. No entanto, o mesmo grupo de trabalho não prevê que estes pontos sejam necessários no futuro, quando as tecnologias da Web tiverem incorporado funcionalidades ou capacidades que se antevêem.

Pontos de verificação:

10.1 Não provocar o aparecimento de janelas de sobreposição ou outras, e não fazer com que o conteúdo da janela actual seja modificado sem que o utilizador seja disso informado, até que os agentes do utilizador tornem possível a desactivação de janelas secundárias. [Prioridade 2]

Por exemplo, em HTML, evitar a utilização de frames cujo destino seja uma nova janela.

10.2 Assegurar o correcto posicionamento de todos os controlos de formulários que tenham rótulos implicitamente associados, até que os agentes do utilizador venham a suportar associações explícitas entre rótulos e controlos de formulários. [Prioridade 2]

O rótulo tem de estar imediatamente antes do respectivo controlo, na mesma linha (permitindo mais do que um controlo/tabela por linha), ou na linha que precede o controlo (com um único rótulo e um único controlo por linha). Ver também o ponto de verificação 12.4.

10.3 Proporcionar uma alternativa de texto linear (na mesma ou noutra página), relativamente a todas as tabelas que apresentem o texto em colunas paralelas e com translineação, até que os agentes do utilizador (incluindo as tecnologias de apoio) reproduzam correctamente texto colocado lado a lado. [Prioridade 3]

Nota: Ver a definição de tabela linearizada. Estes pontos de verificação beneficiam as pessoas cujos agentes do utilizador (como sejam alguns leitores de ecrã) não são capazes de tratar blocos de texto apresentados lado a lado; este ponto de verificação não deve de modo algum desencorajar os criadores de conteúdo Web a utilizar tabelas para representar informações tabulares.

10.4 Incluir caracteres predefinidos de preeenchimento nas caixas de edição e nas áreas de texto, até que os agentes do utilizador tratem correctamente os controlos vazios. [Prioridade 3]

Por exemplo, em HTML, isso pode fazer-se relativamente a TEXTAREA e INPUT.

10.5 Inserir, entre ligações adjacentes, caracteres que não funcionem como ligação e sejam passíveis de impressão (com um espaço de abertura e outro de fecho), até que os agentes do utilizador (incluindo as tecnologias de apoio) reproduzam clara e distintamente as ligações adjacentes. [Prioridade 3]

Directiva 11 - Utilizar as tecnologias e as directivas do W3C

Utilizar as tecnologias do W3C (de acordo com as especificações) e seguir as directivas de acessibilidade. Onde não seja possível utilizar tecnologia W3C, ou onde tal utilização produza materiais que não possam ser objecto de transformação harmoniosa, fornecer uma versão alternativa, acessível, do conteúdo.

As presentes directivas recomendam tecnologias do W3C (por ex., HTML, CSS, etc.), por várias razões:

- As tecnologias do W3C incluem funções de acessibilidade "integradas".

- As especificações do W3C são apreciadas nas fases iniciais dos projectos, para garantir que as questões de acessibilidade são levadas em conta na fase de criação.

- As especificações do W3C são desenvolvidas segundo um processo aberto e consensual no sector informático.

Muitos formatos não os do W3C (por ex., PDF, Shockwave, etc.) exigem suplementos, ou aplicações independentes. É frequente não ser possível ver esses formatos, nem navegar neles, com agentes do utilizador correntes (incluindo as tecnologias de apoio). Se se evitarem funções que não as do W3C e funcionalidades não normalizadas (elementos, atributos, propriedades e extensões exclusivos de determinados fabricantes), as páginas tendem a tornar-se mais acessíveis a um maior número de utilizadores de diversos equipamentos e programas. Quando seja necessário recorrer a tecnologias não acessíveis (sejam elas proprietárias ou não), têm de fornecer-se páginas acessíveis equivalentes.

Mesmo quando se empregam tecnologias do W3C, a sua utilização deve observar as directivas para a acessibilidade. Ao utilizar novas tecnologias, deve garantir-se que elas sejam passíveis de transformação harmoniosa (Ver também a directiva 6.).

Nota: A conversão de documentos (a partir de PDF, PostScript, RTF, etc.) para linguagens de anotação do W3C (como o HTML ou o XML) nem sempre resulta em documentos acessíveis. Assim, cada uma das páginas deve ser validada, mediante a verificação da sua acessibilidade e facilidade de utilização, logo após o processo de conversão (consultar a secção sobre validação). Se uma página não for convertida pronta e convenientemente, é necessário rever o seu conteúdo até que a representação original seja adequadamente convertida, ou fornecer uma versão em HTML ou em texto simples.

Pontos de verificação:

11.1 Utilizar tecnologias do W3C sempre que estejam disponíveis e sejam adequadas a uma determinada tarefa; utilizar as versões mais recentes, desde que suportadas. [Prioridade 2]

Para saber onde encontrar as mais recentes especificações do W3C e suporte relativo à interface do utilizador de WAI (com informações sobre os agentes que suportam as especificações W3C), consultar a lista de referências.

11.2 Evitar as funcionalidades desactualizadas de tecnologias do W3C. [Prioridade 2]

Por exemplo, em HTML, não utilizar o elemento FONT, já desactualizado; utilizar, antes, folhas de estilo (por ex., a propriedade 'font' do CSS).

11.3 Fornecer informações que possibilitem aos utilizadores receber os documentos de acordo com as suas preferências (por ex., por língua ou por tipo de conteúdo) [Prioridade 3]

Nota: Sempre que possível, utilizar a negociação de conteúdo.

11.4 Se, apesar de todos os esforços, não for possível criar uma página acessível, fornecer uma ligação a uma página alternativa que utilize tecnologias do W3C, seja acessível, contenha informações (ou funcionalidade) equivalentes e seja actualizada tão frequentemente como a página original, considerada inacessível. [Prioridade 1]

Nota: Os criadores de conteúdo Web devem recorrer a páginas alternativas apenas no caso de falharem todas as outras soluções. Isto porque as páginas alternativas são actualizadas com menor frequência do que as páginas de que derivam. Uma página desactualizada pode ser tão frustrante como uma inacessível, já que, em ambos os casos, as informações apresentadas na página original não estão disponíveis. A geração automática de páginas alternativas pode conduzir a actualizações mais frequentes, mas os criadores de conteúdo têm de garantir que as páginas geradas façam sempre sentido e permitir que os utilizadores possam navegar num sítio tendo como ponto de partida as ligações localizadas nas páginas principais, nas alternativas ou em ambas. Antes de recorrer a uma página alternativa, há que reavaliar a concepção da página original. Torná-la acessível equivale a melhorá-la em benefício de todos os utilizadores, indistintamente.

Directiva 12 - Fornecer contexto e orientações.

Fornecer contexto e orientações para ajudar os utilizadores a compreenderem páginas ou elementos complexos.

O agrupamento de elementos e o fornecimento de informações de contexto acerca da relação existente entre elementos pode ser de grande utilidade para todos os utilizadores. As relações complexas entre as diferentes partes de uma página podem ser difíceis de interpretar por pessoas com deficiências cognitivas ou de visão.

Pontos de verificação:

12.1 Dar, a cada frame, um titulo que facilite a identificação das frames e a navegação nelas. [Prioridade 1]

Por exemplo, em HTML, utilizar o atributo "title" nos elementos FRAME.

12.2 Descrever a finalidade das frames e o modo como elas se relacionam entre si, se isso não for óbvio a partir unicamente dos títulos. [Prioridade 2]

Por exemplo, em HTML, utilizar "longdesc" ou uma ligação descritiva.

12.3 Dividir grandes blocos de informação em grupos mais fáceis de gerir, sempre que venha a propósito. [Prioridade 2]

Por exemplo, em HTML, utilizar OPTGROUP para agrupar elementos OPTION dentro de um SELECT; agrupar controlos de formulários por meio de FIELDSET e de LEGEND; utilizar listas hierárquicas sempre que seja adequado; utilizar cabeçalhos para estruturar documentos, etc. Ver também a directiva 3.

12.4 Associar explicitamente os rótulos aos respectivos controlos. [Prioridade 2]

Por exemplo, em HTML, utilizar LABEL e o respectivo atributo "for".





Directiva 13 - Fornecer mecanismos de navegação claros

Fornecer mecanismos de navegação coerentes e sistematizados -- informações de orientação, barras de navegação, um mapa de sítio, etc. - para aumentar as probabilidades de uma pessoa encontrar o que procura num dado sítio.

A existência de mecanismos de navegação claros e coerentes é importante para as pessoas com deficiências cognitivas ou cegueira, e beneficiam todos os utilizadores.

Pontos de verificação:

13.1 Identificar claramente o destino de cada ligação. [Prioridade 2]

O texto da ligação deve ser suficientemente ilustrativo para fazer sentido quando for lido fora do contexto - quer isoladamente, quer integrado numa sequência de ligações. O texto da ligação deve, além disso, ser conciso.

Por exemplo, em HTML, escrever "Dados sobre a versão 4.3", em vez de "Fazer clique aqui". Para além da usarem de clareza no texto da ligação, os criadores de conteúdo podem tornar o destino de uma ligação ainda mais claro, utilizando um título de ligação informativo (por ex., em HTML, utilizando o atributo "title").

13.2 Fornecer metadados para acrescentar informações semânticas a páginas ou sítios. [Prioridade 2]

Por exemplo, utilizar RDF ([RDF]) para indicar a autoria de um documento, o tipo de conteúdo, etc.

Nota: Alguns agentes do utilizador para HTML são capazes de construir ferramentas de navegação a partir das relações existentes entre documentos, descritas pelo elemento LINK do HTML e pelos atributos "rel" ou "rev" (por ex., rel="seguinte", rel="anterior", rel="índice remissivo", etc.). Ver também o ponto de verificação 13.5.

13.3 Dar informações sobre a organização geral de um sítio (por ex., através de um mapa do sítio ou de um índice). [Prioridade 2]

Ao descrever a organização de um sítio, destacar e explicar as funções de acessibilidade nele disponíveis.

13.4 Utilizar os mecanismos de navegação de maneira coerente e sistemática. [Prioridade 2]

13.5 Fornecer barras de navegação para destacar e dar acesso ao mecanismo de navegação. [Prioridade 3]

13.6 Agrupar ligações relacionadas entre si, identificar o grupo (em benefício dos agentes do utilizador) e, até que os agentes do utilizador a encarregar-se de tal função, fornecer um modo de contornar determinado grupo. [Prioridade 3]

13.7 Se forem disponibilizadas funções de pesquisa, activar diferentes tipos de pesquisa de modo a corresponderem a diferentes níveis de competência e às preferências dos utilizadores. [Prioridade 3]

13.8 Colocar informações identificativas no início de cabeçalhos, parágrafos, listas, etc. [Prioridade 3]

Nota: Esta acção, a que se dá vulgarmente o nome de "carregamento inicial", é especialmente útil para pessoas que acedam às informações a partir de dispositivos sequenciais, como é o caso dos sintetizadores de voz.

13.9 Fornecer informações sobre colecções de documentos (isto é, documentos compostos por várias páginas). [Prioridade 3]

Por exemplo, em HTML, especificar colecções de documentos através do elemento LINK e dos atributos "rel" e "rev". Outra maneira de criar uma colecção é construindo um arquivo (por ex., com zip, tar e gzip, stuffit, etc.) das diferentes páginas.

Nota: A melhoria de desempenho obtida no processamento offline pode tornar a navegação menos dispendiosa para pessoas com deficiências que naveguem mais lentamente.

13.10 Fornecer meios para ignorar inserções de arte ASCII com várias linhas. [Prioridade 3]

Ver o ponto de verificação 1.1 e o exemplo de arte ASCII apresentado no glossário.

Directiva 14 - Assegurar a clareza e a simplicidade dos documentos.

Assegurar a produção de documentos claros e simples, para que sejam mais fáceis de compreender.

A utilização de paginação (disposição em página) coerente e sistemática, de gráficos reconhecíveis e de uma linguagem fácil de compreender beneficia todos os utilizadores. Em particular, ajudam as pessoas com deficiências cognitivas ou com dificuldades em ler. (No entanto, é necessário garantir que as imagens tenham equivalentes textuais, para benefício dos cegos, de quem veja mal ou de quaisquer utilizadores que não tenham possibilidade de ver objectos gráficos ou tenham optado por não os ver. Ver também a directiva 1.)

A utilização de uma linguagem clara e simples proporciona uma comunicação eficaz. O acesso a informações escritas pode ser difícil para pessoas com deficiências cognitivas ou de aprendizagem. Uma linguagem clara e simples beneficia também todas as pessoas cuja língua materna não seja a da página em questão, incluindo as pessoas que comunicam por língua gestual.

Pontos de verificação:

14.1 Utilizar a linguagem mais clara e simples possível, adequada ao conteúdo do sítio. [Prioridade 1]

14.2 Complementar o texto com apresentações gráficas ou sonoras, sempre que elas facilitem a compreensão da página. [Prioridade 3]

Ver também a directiva 1.

14.3 Criar um estilo de apresentação coerente e sistemático, ao longo das diferentes páginas. [Prioridade 3]

Anexo A - Validação

A validação da acessibilidade deve ser feita por meio de ferramentas automáticas e da revisão directa. Os métodos automáticos são geralmente rápidos, mas não são capazes de identificar todas as vertentes da acessibilidade. A avaliação humana pode ajudar a garantir a clareza da linguagem e a facilidade da navegação.

Começar por utilizar métodos de validação nas fases iniciais do desenvolvimento. As questões de acessibilidade identificadas anteriormente serão mais fáceis de evitar ou corrigir.

Os importantes métodos de validação que se seguem são abordados com mais profundidade na secção de validação de documentos do documento de técnicas.

1. Utilizar uma ferramenta de acessibilidade automatizada, e uma ferramenta de validação de navegadores. De notar que as ferramentas de software não incidem sobre todas as questões da acessibilidade, como seja a clareza de um texto, a aplicabilidade de um equivalente textual, etc.

2. Validar a sintaxe(por ex., HTML, XML, etc.).

3. Validar as folhas de estilo (por ex., CSS).

4. Utilizar um navegador só de texto ou um emulador.

5. Utilizar vários navegadores gráficos, com:

-o som e os gráficos activos;

- sem gráficos;

- sem som;

- sem rato;

- sem carregar frames, programas interpretáveis, folhas de estilo ou applets.

6. Utilizar vários navegadores, antigos e recentes.

7. Utilizar um navegador de emissão automática de fala, um leitor de ecrã, software de ampliação, um ecrã de pequenas dimensões, etc.

8. Utilizar correctores ortográficos e gramaticais. Uma pessoa que, para ler uma página, se sirva de um sintetizador de voz, pode não ser capaz de decifrar a melhor aproximação do sintetizador a uma palavra que contém um erro de ortografia. A eliminação dos problemas gramaticais aumenta o grau de compreensão.

9. Rever o documento, verificando-lhe a clareza e a simplicidade. A estatística de legibilidade, como a que é gerada por alguns programas de tratamento de texto, pode ser um valioso indicador da clareza e simplicidade. O melhor ainda é pedir a um revisor literário experiente que reveja o conteúdo escrito e avalie a clareza da redacção. Os revisores podem também melhorar a adequação de um documento, já que podem identificar questões culturais potencialmente delicadas que possam decorrer do tipo de linguagem ou do emprego de ícones.

10. Peça a pessoas com deficiências que revejam os documentos. Estes utilizadores, com ou sem experiência, são uma fonte inestimável de informações sobre o estado dos documentos, no que diz respeito ao seu grau de acessibilidade e de facilidade de utilização.





Anexo B - Glossário

acessível

Diz-se do conteúdo que pode ser acedido por alguém com uma incapacidade ou deficiência.

applet

Programa inserido numa página da Web.

tecnologia de apoio

Software ou hardware especificamente concebido para ajudar pessoas com incapacidades ou deficiências a executarem actividades do quotidiano. A tecnologia de apoio abrange as cadeiras de rodas, as máquinas de leitura, os dispositivos de preensão, etc. No domínio da acessibilidade da Web, as tecnologias de apoio abrangem os leitores de ecrã, os ampliadores de ecrã, os sintetizadores de voz e o software de comando por voz, que funcionam em conjunto com os navegadores gráficos convencionais (para além de outros agentes do utilizador). As tecnologias de apoio por hardware incluem teclados e dispositivos apontadores alternativos.

arte ASCII

Designa a combinação de caracteres de texto e símbolos utilizados para criar uma imagem. Por exemplo, o ";-)" é o "smiley". A ilustração que a seguir se apresenta é uma figura em ASCII que mostra a relação entre a frequência de pulsos luminosos e a reacção fotoconvulsiva de pacientes com os olhos abertos, e com os olhos fechados [ignorar a figura em ASCII ou consultar a descrição do gráfico]:

% __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __

100 | * |

90 | * * |

80 | * * |

70 | @ * |

60 | @ * |

50 | * @ * |

40 | @ * |

30 | * @ @ @ * |

20 | |

10 | @ @ @ @ @ |

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70

Frequência dos pulsos (hertz)

ferramenta de criação de conteúdo

Editores de HTML, ferramentas de conversão de documentos, ferramentas que geram conteúdo Web a partir de bases de dados são, todas elas, exemplos de ferramentas de criação de conteúdo. Para mais informações sobre o desenvolvimento de ferramentas destinadas a garantir a acessibilidade, consulte as directivas para a construção de ferramentas de criação de conteúdo acessível, "Authoring Tool Accessibility Guidelines" ([WAI-AUTOOLS]).

retrocompatibilidade

Característica das concepções que continuam a funcionar com versões antigas de uma linguagem, programa, etc.

Braille

O sistema Braille serve-se de seis pontos salientes, em disposições diferentes, para representar letras e algarismos, de maneira a que os cegos possam ler através das pontas dos dedos. A palavra "acessível" é apresentada a seguir em notação braille:

Um monitor braille, vulgarmente conhecido como "monitor dinâmico braille", levanta ou baixa padrões de pontos, através de comandos emitidos por um dispositivo electrónico, normalmente um computador. Consegue-se assim uma linha de texto em braille com conteúdo dinâmico, já que é constantemente alterado. Os actuais monitores braille têm dimensões que vão desde uma única célula (de seis ou oito pontos) até linhas de 80 células. A maioria comporta entre doze e vinte células por linha.

criador de conteúdo

Autor de páginas ou grafismos para sítios da Web.

desactualizado

Elemento ou atributo que foi substituído por outro mais recente. Os elementos desactualizados podem tornar-se obsoletos (não funcionais) em futuras versões de HTML. O índice de elementos e atributos de HTML contido no documento de técnicas indica quais os elementos e atributos que estão desactualizados relativamente ao HTML 4.0.

Os autores devem evitar utilizá-los. Os agentes do utilizador devem continuar a suportá-los por razões de retrocompatibilidade.

independente de dispositivos

Os utilizadores devem ser capazes de interagir com um agente do utilizador ( e com o documento por ele apresentado), utilizando dispositivos de entrada e de saída suportados, da sua escolha e à medida das suas necessidades. Entre os dispositivos de entrada contam-se os apontadores, os teclados, os dispositivos braille, os ponteiros de cabeça e os microfones.

De notar que "suporte independente de dispositivos" não significa que os agentes do utilizador suportem todos os dispositivos de entrada ou de saída. Os agentes do utilizador devem proporcionar mecanismos redundantes de entrada e de saída relativamente aos dispositivos que suportam. Assim, se um agente do utilizador suportar entradas por teclado e por rato, os utilizadores devem ser capazes de interagir com todas as funcionalidades que utilizem quer o teclado, quer o rato.

conteúdo, estrutura e apresentação dos documentos

Conteúdo de um documento designa aquilo que ele transmite ao utilizador através de linguagem natural, imagens, sons, filmes, animações, etc.

Estrutura de um documento é o modo como ele está organizado em termos lógicos (por exemplo, por capítulos, com ou sem uma introdução e um índice, etc.). Um elemento (por ex., P, STRONG, BLOCKQUOTE, em HTML) que especifique a estrutura do documento tem o nome de elemento estrutural.

Apresentação de um documento é a forma como ele é reproduzido (por ex., como matéria impressa, como apresentação gráfica bidimensional, sob forma exclusivamente textual, como discurso sintetizado, em braille, etc.). Um elemento que especifique o tipo de apresentação de um documento (por ex., B, FONT, CENTER) tem o nome de elemento de apresentação.

Veja-se o caso do cabeçalho de um documento, por exemplo. O conteúdo do cabeçalho é aquilo que ele "diz" (por ex., "Veleiros"). Em HTML, o cabeçalho é um elemento estrutural, anotado com um elemento H2, por exemplo. Finalmente, a apresentação do cabeçalho pode ter a forma de um bloco de texto, a negrito, na margem; uma linha de texto centrada; um título falado com um determinado estilo de voz (equiparado a um tipo de letra aplicado à voz); etc.


HTML dinâmico (DHTML)

DHTML é um termo de marketing aplicado a uma série de normas, entre as quais se incluem o HTML, as folhas de estilo, o modelo de objectos para documentos (Document Object Model, [DOM1]) e a inserção nas páginas de programas interpretáveis. Não existe, todavia, qualquer especificação do W3C que defina formalmente o DHTML. A maioria das directivas é aplicável a documentos que utilizem DHTML, e as que abaixo se referem centram-se em questões relacionadas com programas interpretáveis e folhas de estilo: directiva 1, directiva 3, directiva 6, directiva 7 e directiva 9.

elemento

Neste documento, o termo "elemento" é empregue quer no sentido estrito que possui em SGML (onde "elemento" designa "construção sintáctica"), quer no sentido mais genérico de "tipo de conteúdo" (como seja, o vídeo ou o som) ou de "construção lógica" (caso de um cabeçalho ou de uma lista). O segundo sentido realça o facto de uma directiva, inspirada pelo HTML, poder aplicar-se facilmente a outra linguagem de anotação.

De notar que certos elementos (no sentido SGML) têm conteúdo passível de reprodução (por ex., os elementos P, LI ou TABLE, em HTML), outros são substituídos por conteúdo externo (por ex., IMG), outros ainda afectam o processamento (por ex., STYLE e SCRIPT, que fazem com que as informações sejam tratadas por uma folha de estilo ou por um interpretador de comandos). Um elemento que faça com que os caracteres de texto sejam integrados num documento tem o nome de elemento de texto.

equivalente

Um determinado conteúdo é equivalente a outro quando ambos preenchem, em essência, a mesma função ou finalidade, no momento de serem apresentados ao utilizador. No contexto deste documento, o equivalente tem de preencher a mesma função (qualquer que ela seja) relativamente às pessoas com uma incapacidade ou deficiência (na medida do exequível, tendo em vista a natureza da deficiência e o avanço da tecnologia), tão adequadamente como o conteúdo principal preenche essa função relativamente às pessoas sem qualquer incapacidade ou deficiência. Por exemplo, o texto "Lua cheia" pode transmitir os mesmos dados sobre uma imagem do que a contemplação da mesma. De notar que as informações equivalentes se centram no preenchimento da mesma função. Se a imagem fizer parte de uma ligação e a sua compreensão for essencial para "adivinhar" qual o destino da ligação, o equivalente tem de dar aos utilizadores a ideia de qual é esse destino. O fornecimento de informações equivalentes sobre conteúdo inacessível é um dos principais instrumentos à disposição dos autores para tornarem os documentos que produzem acessíveis a pessoas com incapacidades ou deficiências.

O cumprimento da mesma função de conteúdo por parte de um equivalente pode passar pela respectiva descrição (ou seja, por dizer com que se parece o conteúdo, ou qual o som que tem). Por exemplo, para que os utilizadores possam compreender as informações transmitidas por um diagrama complexo, os autores devem descrever a informação transmitida visualmente pelo diagrama.

Uma vez que o conteúdo de texto pode ser apresentado ao utilizador sob a forma de discurso sintetizado, em braille e em texto visível, estas directivas exigem a presença de equivalentes textuais das informações gráficas e sonoras. os equivalentes textuais têm de ser redigidos de tal forma que veiculem todo o conteúdo essencial. Os equivalentes não textuais (por ex., uma descrição sonora de uma apresentação visual, o vídeo de uma pessoa a relatar algo utilizando apenas a língua gestual, etc., também contribuem para melhorar a acessibilidade de quem não consegue aceder a informações visuais ou a textos escritos, incluindo pessoas cegas, surdas, ou com deficiências cognitivas ou de aprendizagem.

As informações equivalentes podem ser fornecidas de várias maneiras, incluindo através de atributos (por ex., um valor textual para o atributo "alt" em HTML e SMIL), como parte do conteúdo de um elemento (por ex., OBJECT, em HTML), como parte da redacção de um documento ou ainda através de um documento associado por ligação (por ex., o chamado atributo "longdesc", em HTML ou uma ligação descritiva). Consoante a complexidade do equivalente, pode ser necessário combinar técnicas (por ex., utilizar "alt" para um equivalente abreviado, útil para leitores familiarizados, para além de "longdesc" para uma ligação a inforamções mais completas, úteis para os leitores inexperientes). O documento de técnicas ([TECHNIQUES]) contém pormenores sobre quando e como fornecer informações equivalentes.

Uma transcrição de texto é um equivalente textual de informações sonoras, que inclui palavras faladas e sons não falados (como, por exemplo, efeitos sonoros). As legendas são transcrições de texto que referenciam pistas de áudio de apresentações de vídeo com sincronia de pista de vídeo e áudio. As legendas são normalmente apresentadas graficamente através da sua sobreposição no vídeo, o que beneficia as pessoas surdas ou com mau ouvido, além de todas as pessoas que não possam pontualmente ouvir o áudio (por ex., por estarem numa divisão com ruído ambiente). Uma transcrição de texto agregada combina (agrega) legendas e texto descritivo de vídeo (descrições das alterações da acção, da linguagem corporal, do grafismo e das cenas da pista de vídeo). Estes equivalente textuais tornam as apresentações acessíveis a surdos ou cegos e a pessoas que não possam obter a reprodução dos filmes, animações, etc. Além disso, disponibilizam informações aos motores de pesquisa.

Um exemplo de equivalente não textual é a descrição sonora dos elementos-chave de uma apresentação. A descrição pode ser a pré-gravação da voz humana ou uma voz sintetizada (gravada, ou gerada em tempo real). A descrição sonora está em sincronia com a pista de áudio da apresentação, normalmente recorrendo às pausas naturais que esta contém. As descrições sonoras incluem dados sobre alterações da acção, da linguagem corporal, do grafismo e das cenas.

imagem

Qualquer representação gráfica.

mapa de imagem

Imagem que foi dividida em regiões, a que estão associadas acções. Fazer clique sobre uma região activa desencadeia uma acção.

Quando um utilizador faz clique sobre uma região activa de um mapa de imagem sediado no cliente, o agente do utilizador calcula em que região se deu o clique e segue a ligação que lhe está associada. Um clique sobre uma região activa de um mapa de imagem sediado no servidor faz com que as coordenadas sejam enviadas para um servidor que, em seguida, executa determinada acção.

Os criadores de conteúdo podem tornar acessíveis os mapas sediados no cliente, fornecendo um acesso independente de dispositivos às mesmas ligações associadas às regiões do mapa de imagem. Os mapas de imagem sediados no cliente permitem que o agente do utilizador devolva imediatamente a informação sobre se o ponteiro está ou não sobre uma região activa.

importante

As informações contidas num documento dizem-se importantes se a respectiva compreensão for essencial para a compreensão de todo o documento.

tabela linearizada

Processo de representação de uma tabela, em que o conteúdo das células se torna numa série de parágrafos (por ex., na vertical, ao longo da página). Os parágrafos surgem pela ordem de definição das células no código do documento. As células têm de continuar a fazer sentido quando lidas por ordem e devem incluir elementos estruturais (que criem parágrafos, cabeçalhos, listas, etc.), de modo a que a página faça sentido após a linearização.

texto de uma ligação

O conteúdo de texto de uma ligação, apresentado ao utilizador.

língua e linguagem natural

Para além das línguas, como o português, o francês ou o inglês, ou ainda a língua gestual portuguesa, o termo "linguagem natural" engloba também a notação do sistema Braille. O conteúdo de linguagem natural pode ser indicado através dos atributos "lang", em HTML ([HTML40], secção 8.1) e "xml:lang", em XML ([XML], secção 2.12).

mecanismo de navegação

O meio pelo qual um utilizador pode navegar numa página ou sítio. São mecanismos típicos de navegação:

barras de navegação

Uma barra de navegação é um conjunto de ligações às principais partes de um documento ou de um sítio.

mapas de sítio

Um mapa de sítio dá uma panorâmica da organização de uma página ou de um sítio.

índices

Um índice (ou tábua de matérias, que não deve ser confundido com um índice remissivo) apresenta, regra geral, a lista dos capítulos ou secções mais importantes (e respectivas ligações) de um documento .

assistente digital pessoal (PDA- Personal Digital Assistant)

Um PDA é um dispositivo computacional, pequeno e portátil, normalmente utilizado para aceder a dados pessoais, tais como calendários, contactos e correio electrónico. Cabe, geralmente, na palma da mão, e aceita a introdução de dados a partir de várias fontes.

ampliador de ecrã

Programa de computador que amplia uma porção do ecrã. Os ampliadores de ecrã são utilizados sobretudo por pessoas com vista fraca.

leitor de ecrã

Programa de computador que lê o conteúdo do ecrã em voz alta. Os leitores de ecrã são utilizados sobretudo por cegos. Normalmente, são capazes de ler apenas o texto impresso (não o desenhado) que aparece no ecrã.

folha de estilo

Uma folha de estilo é um conjunto de declarações que especificam a apresentação de um documento. As folhas de estilo podem ter uma de três origens: ter sido escritas por fornecedores de conteúdo Web, criadas por utilizadores ou estarem integradas nos agentes de utilizador. Em CSS ([CSS2]), a interacção de folhas de estilo dos fornecedores de conteúdo, do utilizador e do agente do utilizador tem o nome de cascata.

anotação de apresentação Trata-se de uma anotação que proporciona efeitos de formatação (e não estruturais), tais como os elementos B ou I, em HTML. De notar que os elementos STRONG e EM não se consideram anotações de apresentação, já que veiculam informações que são independentes do tipo de letra utilizado.

informações tabulares

Quando são utilizadas tabelas para representar relações lógicas entre dados -- texto, números, imagens, etc., diz-se que essas informações são "informações tabulares" e as tabelas tomam o nome de "tabelas de dados". As relações expressas por uma tabela podem ser apresentadas visualmente (habitualmente numa grelha bidimensional), em formato áudio (frequentemente fazendo preceder as células de informações do respectivo cabeçalho) ou ainda noutros formatos.

até que os agentes do utilizador ...

Na maioria dos pontos de verificação, pede-se aos criadores de conteúdo que verifiquem a acessibilidade das suas páginas e sítios. Todavia, há necessidades de acesso que seriam mais completamente preenchidas pelos agentes do utilizador (incluindo as tecnologias de apoio). No momento da publicação deste documento, nem todos os agentes do utilizador, e nem todas as tecnologias de apoio, proporcionam os controlos de acesso de que os utilizadores necessitam (por ex., alguns agentes do utilizador não permitem aos utentes desligarem conteúdo intermitente, e alguns leitores de ecrã não conseguem tratar tabelas convenientemente). Os pontos de verificação que contêm a expressão "até que os agentes do utilizador ..." são aqueles em relação aos quais os criadores de conteúdo são chamados a proporcionar mais apoio, com vista a assegurar a acessibilidade. Isto enquanto os agentes do utilizador não disponibilizarem, como norma, tais funcionalidades de acesso aos seus utilizadores.

Nota: O sítio Web da WAI, do W3C (consultar [WAI-UA-SUPPORT]), dá informações sobre o suporte de funções de acessibilidade por parte dos agentes do utilizador. Os criadores de conteúdo são vivamente aconselhados a consultar esta página, em permanente actualização.

agente do utilizador

Software para aceder a conteúdo Web e que inclui navegadores gráficos para o ambiente de trabalho, navegadores de texto, navegadores de voz, telemóveis, leitores de multimédia, suplementos para os navegadores e determinado software de tecnologia de apoio utilizado em conjunto com os navegadores como, por exemplo, os leitores de ecrã e os programas de reconhecimento de voz.

Bibliografia e agradecimentos

Co-direcção do grupo de trabalho de directivas para conteúdo da Web:

Chuck Letourneau, da Starling Access Services

Gregg Vanderheiden, da Trace Research and Development

Equipa de contacto da equipa do W3C:

Judy Brewer e Daniel Dardailler

Queremos agradecer a todos quantos contribuíram com o seu tempo e sugestões para a feitura destas directivas:

Harvey Bingham, Kevin Carey, Chetz Colwell, Neal Ewers, Geoff Freed, Al Gilman, Larry Goldberg, Jon Gunderson, Eric Hansen, Phill Jenkins, Leonard Kasday, George Kerscher, Marja-Riitta Koivunen, Josh Krieger, Scott Luebking, William Loughborough, Murray Maloney, Charles McCathieNevile, MegaZone (Livingston Enterprises), Masafumi Nakane, Mark Novak, Charles Oppermann, Mike Paciello, David Pawson, Michael Pieper, Greg Rosmaita, Liam Quinn, Dave Raggett, T.V. Raman, Robert Savellis, Jutta Treviranus, Steve Tyler, Jaap van Lelieveld e Jason White

A redacção original deste documento tem por base as directivas unificadas para a acessibilidade de sítios da Web, "The Unified Web Site Accessibility Guidelines" ([UWSAG]), compiladas por Trace R & D Center, da Universidade de Wisconsin (EUA). O referido documento contém a lista dos autores dos respectivos artigos.

Referências

Para obter a mais recente versão de qualquer especificação do W3C, deve consultar-se a lista de relatórios técnicos do W3C (W3C Technical Reports).

[CSS1]

"CSS, level 1 Recommendation", B. Bos, H. Wium Lie, eds., 17 de Dezembro de 1996, revista em 11 de Janeiro de 1999. Recomendação CSS1: http://www.w3.org/TR/1999/REC-CSS1-19990111.

A mais recente versão da CSS1 está disponível em: http://www.w3.org/TR/REC-CSS1.

[CSS2]

"CSS, level 2 Recommendation", B. Bos, H. Wium Lie, C. Lilley, e I. Jacobs, eds., 12 de Maio de 1998. Recomendação CSS2: http://www.w3.org/TR/1998/REC-CSS2-19980512.

A mais recente versão da CSS2 está disponível em: http://www.w3.org/TR/REC-CSS2.

[DOM1]

"Document Object Model (DOM) Level 1 Specification", V. Apparao, S. Byrne, M. Champion, S. Isaacs, I. Jacobs, A. Le Hors, G. Nicol, J. Robie, R. Sutor, C. Wilson e L. Wood, eds., 1 de Outubro de 1998. Recomendação DOM Level 1: http://www.w3.org/TR/1998/REC-DOM-Level-1-19981001.

A mais recente versão da DOM Level 1 está disponível em: http://www.w3.org/TR/REC-DOM-Level-1

[HTML40]

"HTML 4.0 Recommendation", D. Raggett, A. Le Hors e I. Jacobs, eds., 17 de Dezembro de 1997, revisão de 24 de Abril de 1998. Recomendação HTML 4.0: http://www.w3.org/TR/1998/REC-html40-19980424.

A mais recente versão da HTML 4.0 está disponível em: http://www.w3.org/TR/REC-html40.

[HTML32]

"HTML 3.2 Recommendation", D. Raggett, ed., 14 de Janeiro de 1997. A mais recente versão da HTML 3.2 está disponível em: http://www.w3.org/TR/REC-html32.

[MATHML]

"Mathematical Markup Language", P. Ion e R. Miner, eds., 7 de Abril de 1998. Recomendação MathML 1.0: http://www.w3.org/TR/1998/REC-MathML-19980407.

A mais recente versão da MathML 1.0 está disponível em: http://www.w3.org/TR/REC-MathML.

[PNG]

"PNG (Portable Network Graphics) Specification", T. Boutell, ed., com a colaboração de T. Lane, 1 de Outubro de 1996. A mais recente versão da PNG 1.0 é a seguinte: http://www.w3.org/TR/REC-png.

[RDF]

"Resource Description Framework (RDF) Model and Syntax Specification", O. Lassila, R. Swick, eds., 22 de Fevereiro de 1999. Recomendação RDF: http://www.w3.org/TR/1999/REC-rdf-syntax-19990222.

A mais recente versão da RDF 1.0 está disponível em: http://www.w3.org/TR/REC-rdf-syntax

[RFC2068]

"HTTP Version 1.1", R. Fielding, J. Gettys, J. Mogul, H. Frystyk Nielsen e T. Berners-Lee, Janeiro de 1997.

[SMIL]

"Synchronized Multimedia Integration Language (SMIL) 1.0 Specification", P. Hoschka, ed., 15 de Junho de 1998. Recomendação SMIL 1.0: http://www.w3.org/TR/1998/REC-smil-19980615

A mais recente versão da SMIL 1.0 está disponível em: http://www.w3.org/TR/REC-smil

[TECHNIQUES]

"Techniques for Web Content Accessibility Guidelines 1.0", W. Chisholm, G. Vanderheiden, I. Jacobs, eds. Este documento explica como passar à prática os pontos de verificação definidos em "Directivas para a acessibilidade de conteúdo Web--1.0". A mais recente versão do documento de técnicas está disponível em: http://www.w3.org/TR/WAI-WEBCONTENT-TECHS

[WAI-AUTOOLS]

"Authoring Tool Accessibility Guidelines", J. Treviranus, J. Richards, I. Jacobs, C. McCathieNevile, eds. Estas directivas incidem sobre a acessibilidade de ferramentas para criação de conteúdo Web. A mais recente redacção provisória está disponível em: http://www.w3.org/TR/WAI-AUTOOLS/

[WAI-UA-SUPPORT]

Esta página documenta o suporte de algumas funções de acesso disponibilizadas por agentes do utilizador (incluindo as tecnologias de apoio). A página está disponível em: http://www.w3.org/WAI/Resources/WAI-UA-Support

[WAI-USERAGENT]

"User Agent Accessibility Guidelines", J. Gunderson e I. Jacobs, eds. Estas directivas incidem sobre a concepção de agentes do utilizador que promovam a acessibilidade. A mais recente redacção provisória está disponível em: http://www.w3.org/TR/WAI-USERAGENT/

[WCAG-ICONS]

Estão disponíveis, em http://www.w3.org/WAI/WCAG1-Conformance.html, informações acerca dos símbolos de conformidade com este documento e como os utilizar.

[UWSAG]

"The Unified Web Site Accessibility Guidelines", G. Vanderheiden, W. Chisholm, eds. As directivas unificadas para sítios da Web foram compiladas por Trace R & D Center da Universidade de Wisconsin (EUA), ao abrigo do subsídio do Instituto Nacional de Investigação da Reabilitação e da Deficiência, organismo tutelado pelo Ministério da Educação dos Estados Unidos (NIDRR - National Institute on Disability and Rehabilitation Research, U.S. Dept. of Education). O documento está disponível em: http://www.tracecenter.org/docs/html_guidelines/version8.htm

[XML]

"Extensible Markup Language (XML) 1.0.", T. Bray, J. Paoli, C.M. Sperberg-McQueen, eds., 10 de Fevereiro de 1998. Recomendação XML 1.0: http://www.w3.org/TR/1998/REC-xml-19980210.

A mais recente versão da XML 1.0 está disponível em: http://www.w3.org/TR/REC-xml


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