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Entrevista com Michael Williams em Vídeo

ENABLE - As Pessoas com Deficiências e o Computador

Uma produção Microsoft Enable

Michael Williams

Foto Michael Williams


Aparece uma citação:
"Nunca consente arrastar-se
aquele que sente vontade de voar."  
- Helen Keller -


Aparece uma mensagem:
Michael Williams preparou
as respostas antes da gravação.

A cena inicia-se com o Michael na cadeira de rodas, a ir rapidamente pela rua abaixo. Na verdade, o que não se vê nem o público sabe, é que o Michael está a tentar deixar para trás o pobre do operador de câmara, que vai a pé.
[Michael]
{através de um dispositivo de comunicação com saída de voz}
Chamo-me Michael Williams.
Sou escritor e consultor
com uma deficiência
chamada paralisia cerebral.
 
Nesta cena, o Michael está na sala de estar, com o dispositivo de comunicação com saída de voz ao colo. Carrega numa tecla do aparelho para reproduzir as frases gravadas, sequencialmente.


À direita dele aparece uma mensagem:
Michael Williams -
Escritor/Consultor


[Michael]
Sou deficiente
desde que nasci.
Nunca deixei que, por causa disso,
perdesse a vontade
de fazer o melhor que puder
da minha vida.
Actualmente, as minhas actividades
principais centram-se totalmente
no campo da comunicação
aumentativa e alternativa.
 
A câmara percorre um boletim informativo escrito pelo Michael.
[Michael]
Escrevo um boletim acerca
de comunicação aumentativa,
chamado "Alternativamente Falando".
Sou membro
da comissão executiva
da Sociedade Internacional
para a Comunicação
Aumentativa e Alternativa
ou ISAAC.
 
A cena prossegue, na sala de estar do Michael.
[Michael]
Sou o primeiro beneficiário
da comunicação aumentativa
a participar nesta comissão.
Também participo num
projecto da Universidade do Estado
da Pensilvânia, que investiga
a possibilidade de acompanhar
utilizadores de comunicação aumentativa,
recorrendo ao correio electrónico.

Já deve ter reparado que algo
estranho está a ocorrer.
Desde que iniciei o meu discurso
ainda não movi os lábios.
E não estou a treinar para
ser ventríloquo.

Se tivesse tentado comunicar
estas informações
com a minha voz biológica,
poucas pessoas conseguiriam
compreender as minhas palavras.
 
Para demonstrar como é difícil compreender a verdadeira voz que tem, o Michael diz: "Esta é a minha voz, sem o equipamento" Conforme fala, apresenta uma expressão contorcida, comum a muitas pessoas com paralisia cerebral.
[Michael]
Este dispositivo de comunicação
com saída de voz é apenas
uma das muitas ferramentas do
meu arsenal de tecnologias de apoio,
que utilizo para comunicar os meus
pensamentos ao mundo exterior.
Para além deste dispositivo de
comunicação com saída de voz,
também utilizo frequentemente
o correio electrónico e o fax.
Para além destes aparelhos
de alta tecnologia,
também utilizo um quadro de
letras, sem tecnologia especial.
 
O Michael mostra um quadro branco, com grandes letras pretas de imprensa.
[Michael]
Com isto componho palavras,
letra a letra.
Isto limitava-me muito em termos
das pessoas com quem podia comunicar.
De facto, não se pode
usar um quadro de letras
para falar com uma criança,
um cego
ou alguém com dislexia.
 
A próxima cena decorre no quintal em frente à casa do Michael, onde ele está a ler um livro.
[Michael]
O meu aparelho de comunicação com
saída de voz ajuda-me na afirmação
como ser consciente em comunidade,
quando saio de casa.
 
Isto é muito importante para mim,
porque acho que há fulanos
que têm tendência para olhar
para as pessoas com deficiências da fala
como gente com um parafuso a menos.
 
O Michael está a escrever muito lentamente no teclado do computador. O dispositivo de comunicação com saída de voz está à direita dele.
[Michael]
A tecnologia moderna
auxiliou-me imenso
na minha luta para ser
um ser humano completo,
que participa na sociedade
de forma significativa.
Mas nem sempre
foi assim.
 
Como podem ver, não
pertenço à "Geração X".
Nasci no final dos anos 30,
quando nem sequer se
sonhava com estas tecnologias.
 
O meu primeiro equipamento
de tecnologia de apoio
foi a normalíssima máquina
de escrever do meu avô.
Usei máquinas de escrever
para comunicar,
em todos os níveis
do ensino básico e secundário
e nos meus primeiros
anos de faculdade.
 
No final dos anos 70, fui
a primeira pessoa no meu bairro
a ter um computador pessoal.
Quando me apercebi das possibilidades
que esta máquina trazia
para a minha vida,
tornei-me um adepto entusiástico
da utilização desta tecnologia
na vida das pessoas
com deficiências.

 


Uma produção Microsoft Enable

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Última atualização: 12/04/2020