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Entrevista com Krista Caudill em Vídeo

ENABLE - As Pessoas com Deficiências e o Computador

Uma produção Microsoft Enable

Legendagem realizada com serviço AMARA

Krista Caudill

Foto Krista Caudill

A cena inicia-se com a Krista, uma estudante universitária surdacega,
que caminha para a sala de aulas, acompanhada por um intérprete pessoal.
A intérprete fala por ela. Depois, já na sala de aulas, o professor
fala acerca do "destino". Simultaneamente, a intérprete transmite
as palavras do professor, através de língua gestual táctil.

[Krista]
{voz da intérprete}
Chamo-me Krista Caudill.
Sou cega e surda (surdacega
e estudo na
Universidade do Delaware,
onde me estou a especializar
em informática
tendo por área de concentração
menor ciência cognitiva.
 
[Professor]
O destino, julgo eu,
representa um conjunto
de possibilidades
do que vocês podem ser;
o que significa o aproveiramento
máximo do vosso potencial.
O que volto a realçar
é que, nas culturas tradicionais,
isto faz parte da vida.
É crucual que cada um
descubra o seu lugar
não onde toda a gente
vos quer ver
mas onde realmente devem estar

A Krista senta-se na fila da frente, com aintérprete à esquerda dela.
Ela lê os sinais da intérprete apenas com a mão esquerda.
[Krista]
Acho que o destino diz respeito
ao que as pessoas conseguem fazer,
mas creio que o meu destino,
está no campo da Informática,
E acho que o facto de ser
surdacega
afectou o meu destino.
 
Nasci surda e cega.
sofro de uma doença genética
que me afectou a
a audição e visão.
 
A Krista senta-se no vestíbulo, fora da sala de aula, com a intérprete.  
Aparece uma mensagem:

Krista Caudill -
Bolseira
Fundação Nacional para a Ciência

[Krista]
Quando os meus pais descobriram
que eu era cega, âhm...
sentiram-se muito perdidos.
Não sabiam o que haviam de fazer,
perguntaram a médicos
"Que podemos fazer
com a nossa filha?"
E os médicos responderam
"Vão para casa e rezem",
só isso...
É claro que essa informação
não ajudou muito.
Portanto, os meus pais
fizeram um excelente trabalho,
educando-me e
apoiando-me,
até agora.
 
Gosto muito de estudar
na Universidade do Delaware.
Recebi uma
bolsa de investigação
da Fundação Nacional
da Ciência,
E essa bolsa foi de 98.000 dólares,
por um perído de dois anos...
Esta bolsa vai ser usada
para desenvolver um engenho
para pessoas surdocegas,
que basicamente transforme
o discurso em Braille
e vice-versa
para que os surdocegos
possam comunicar mais livremente
com quem não conhece
a língua gestual.
 
A cena seguinte decorre no exterior. É um dia de Inverno e o chão está coberto
de neve. Fora da sala de aulas, a Krista utiliza um livro de caracteres
e palavras em Braille para comunicar com um homem.
[Krista]
Alguns dos outros métodos
de comunicação de que disponinhoe
são muito lentos.
Tenho um livro com
letras em Braille
bem como letras impressas,
para poder comunicar
com quem não
sabe língua gestual,
apontando simplesemente
para as letras.
Âhm... é um método
extremamente lento.
A seguir, a Krista está em casa dela, a trabalhar com um computador no quarto.
Usa um teclado normal, com um terminal Braille por cima da caixa do computador,
à frente do teclado. O monitor do computador, que não está ligado, está
afastado para a esquerda do computador. Pode-se ver e ouvir a Krista a dactilografar
rapidamente, com pausas intermitentes, para ir com a mão esquerda ler o
terminal Braille.

[Krista]
Creio que os computadores
podem, de facto
facilitar a vida às pessoas com deficiências.
Para mim, acaba com uma enorme
barreira na comunicação.
 
Quando usava uma sala de chat
contactava co uma
diversidade de pessoas;
e numa dessas salas,
encontrei o meu namorado
a conversar.
Parecia ser
muito simpático
e começámos a conversar
cada vez mais
através da Internet.
As coisas avançaram,
começámos a namorar
e estamos juntos
há cerca de três anos.
Foi um acaso a forma
como nos conhecemos,
Não estava a usar o computador
para arranjar encontros.
 
Uso frquentemente o computador
para comunicar com ele.
É uma forma maravilhosa
de nos mantermos em contacto.
 
Alguns perguntam-se:
como é queuso um computador,
não conseguindo ver?
Tenho um mostrador Braille
com oito pinos, que sobem,
como o código Braille.
Permite-me fazer qualquer
tipo de trabalho no computador,
como qualquer outra pessoa.
Isso, elimina a deficiência
ao usar o computador.
 
Há coisas que
não posso fazer:
Não posso ver imagens,
como é óbvio, nem ouvir sons.
Mas acho que posso
fazer a maioria das coisas
que as pessoas
sem deficiências podem fazer.

 


Uma produção Microsoft Enable

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Última atualização: 12/04/2020